Criando sites em HTML5 – #Aula 1/3

Primeiramente vamos entender o que significa HTML.
HTML é a abreviação de Hypertext Markup Language, que em português ficaria – Linguagem de Marcação de Hypertexto.
Em resumo é uma linguagem utilizada para a publicação de conteúdos na web, sejam imagens, vídeos, áudio, textos).

Agora vamos nos contextualizar historicamente para saber de onde surgiu:
O HTML Foi desenvolvido por Tim Berners-Lee e ganhou popularidade quando o browser “Mosaic” desenvolvido por Marc Andreessen na década de 1990 – ganhou força. A partir daí, desenvolvedores e fabricantes de browsers utilizaram o HTML como base, compartilhando as mesmas convenções.

Entre 1993 e 1995, o HTML ganhou as versões HTML+, HTML2.0 e HTML3.0, onde foram propostas diversas mudanças para enriquecer as possibilidades da linguagem. Contudo, até aqui o HTML ainda não era tratado como um padrão. Apenas em 1997, o grupo de trabalho do W3C responsável por manter o padrão do código, trabalhou na versão 3.2 da linguagem, fazendo com que ela fosse tratada como prática comum.

WHAT Working Group
Enquanto o W3C focava suas atenções para a criação da segunda versão do XHTML, um grupo chamado Web Hypertext Application Technology Working Group ou WHATWGtrabalhava em uma versão do HTML que trazia mais flexibilidade para a produção de websites e sistemas baseados na web.
O WHATWG (http://www.whatwg.org/) foi fundado por desenvolvedores de empresas como Mozilla, Apple e Opera em 2004. Eles não estavam felizes com o caminho que a Web tomava e nem com o rumo dado ao XHTML. Por isso, estas organizações se juntaram para escrever o que seria chamado hoje de HTML5.

O que é o HTML5?
O HTML5 é a nova versão do HTML4. Enquanto o WHATWG define as regras de marcação que usaremos no HTML5 e no XHTML, eles também definem APIs que formarão a base da arquitetura web. Essas APIs são conhecidas como DOM Level 0.

Ao contrário das versões anteriores, o HTML5 fornece ferramentas para a CSS e o Javascript fazerem seu trabalho da melhor maneira possível. O HTML5 permite por meio de suas APIs a manipulação das características destes elementos, de forma que o website ou a aplicação continue leve e funcional.

O HTML5 também cria novas tags e modifica a função de outras. As versões antigas do HTML não continham um padrão universal para a criação de seções comuns e específicas como rodapé, cabeçalho, sidebar, menus e etc. Não havia um padrão de nomenclatura de IDs, Classes ou tags. Não havia um método de capturar de maneira automática as informações localizadas nos rodapés dos websites.

Elementos como B ou I que foram descontinuados em versões anteriores do HTML agora assumem funções diferentes e entregam mais significado para os usuários.

Antigamente, para que uma nova versão do HTML ou do CSS fosse lançada, todas as ideias listadas na especificação deveriam ser testadas e desenvolvidas para então serem publicadas para o uso dos browsers e os desenvolvedores.
Esse método foi mudado com o lançamento do HTML5 e o CSS3. A partir de agora, as duas tecnologias foram divididas em módulos. Isso quer dizer que a comunidade de desenvolvedores e os fabricantes de browsers não precisam esperar que todo o padrão seja escrito e publicado para utilizarem as novidades das linguagens.

As propriedades do CSS3, por exemplo, foram divididas em pequenos grupos. Há um grupo cuidando da propriedade Background, outro da propriedade Border, outro das propriedades de Texto e etc. Cada um destes grupos são independentes e podem lançar suas novidades a qualquer momento. Logo, o desenvolvimento para web ficou mais dinâmico, com novidades mais constantes.
O ponto negativo nesse formato, é que problemas de compatibilidade podem ocorrer com mais frequencia. Por exemplo, um browser pode adotar bordas arredondadas e outro não. Ou um browser pode escolher suportar um API diferente do API que o concorrente implementou. Contudo, os browsers tem mostrado grande interesse em se manterem atualizados em relação aos seus concorrentes.

Motores de Renderização
Há uma grande diversidade de dispositivos que acessam a internet. Entre eles, há uma série de tablets, smartphones, pc’s e etc. Cada um destes meios de acesso utilizam um determinado browser para navegar na web. Não há como os desenvolvedores manterem um bom nível de compatibilidade com todos estes browsers levando em consideração a particularidade de cada um. Uma maneira mais segura de manter o código compatível, é nivelar o desenvolvimento pelos motores de renderização. Cada browser utiliza um motor de renderização que é responsável pelo processamento do código da página.
Webkit – Safari, Google Chrome
Gecko – Firefox, Mozilla, Camino
Trident – Internet Explorer 4 ao 9
Presto  – Opera 7 ao 10

Compatibilidade com HTML5
Atualmente o Webkit é o motor mais compatível com os Padrões do HTML5. Como a Apple tem interesse que seus dispositivos sejam ultracompatíveis com os Padrões, ela tem feito um belo trabalho de atualização e avanço da compatibilidade deste motor.
Contudo o Firefox e o Opera já estão compatíveis com grande parte da especificação do HTML5 e CSS3 e a cada upgrade eles trazem mais novidades e atualização dos padrões.
O que pode te preocupar de verdade é a retrocompatibilidade com versões antigas de browsers como o Internet Explorer. A Microsoft está fazendo um bom trabalho com o IE9, mas as versões 8 e 7 não tem quase nenhum suporte ao HTML5, o que é um problema sério para aplicações web baseadas em tecnologias mais recentes, mas que a base de usuários utiliza as versões antigas do Internet Explorer.

 

Referência – Markup HTML 5 – Curso W3C Escritório Brasil

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